sábado, 17 de abril de 2010

É AGORA!

E tu, que te deitas na minha cama
Não és por ti um amigo
Não és por mim um inimigo

"não me obriguem a vir para a rua gritar"

Vocês, que não vêm nem ouvem
Vocês, que cheiram e gostam de palpar.
Livrai-me da consideração que a sensação captada pelos (vossos) sentidos me indica como a única realidade!

"NÃO ME OBRIGUEM A VIR PARA A RUA GRITAR"

sou o observador crítico...

Vejam! Verifiquem! Que vivem!
Numa vertigem insaciável
Vocês cruéis luxuosos,
Eu (nós) no silêncio poético.

"Que é já tempo d'embalar as trouxas e zarpar"

Não vou sozinho!
E devagar, num murmúrio! Levo a pólvora!
A miraculosa flora solta-se do chão e nos músculos do braço...
Ergue-se a colossal vibração da revolução!

Na chuva amedrontada, agora mina o rosto do sol.
E a esperança de súbito ri.

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