sexta-feira, 9 de abril de 2010

A BÚSSOLA QUE NÃO INDICA O NORTE

Aos ombros carrego as acácias,
luzes de espesso cheiro que se perdem através do silêncio.
Como se de uma noite de solitária ternura, o teu corpo retratasse.

Eu próprio tentarei encontrar as palavras, como aquelas de súbito olhar pasmo,
onde a distância que os meus olhos não alcançaram mas encontram,
encontram junto (à noite que através do silêncio, permaneceu no corpo infindável,
que as ervas cobrirão de gelo, com a forma de beijos sossegados,
que me fizeram regressar a ti), junto a algo que procurei
sem a bússola inocente,
quer dizer que agora, antes
ou
depois, o momento
ainda não o encontrei.

05.Jan.10

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